Os EUA e o Japão chegaram a um acordo comercial parcial para certos produtos agrícolas e industriais, incluindo fixadores fabricados no Japão, de acordo com o Gabinete do Representante Comercial dos EUA.Os EUA “reduzirão ou eliminarão” as tarifas sobre fixadores e outros produtos industriais, incluindo certas máquinas-ferramentas e turbinas a vapor.
Não foram fornecidos mais detalhes sobre o valor e o cronograma das reduções ou eliminações tarifárias.
Em troca, o Japão eliminará ou reduzirá tarifas sobre US$ 7,2 bilhões adicionais em alimentos e produtos agrícolas dos EUA.
Parlamento do Japão acaba de aprovar acordo comercial com os EUA
Em 04 de dezembro, o parlamento do Japão aprovou um pacto comercial com os EUA que abre os mercados do país para carne bovina americana e outros produtos agrícolas, enquanto Tóquio tenta frustrar uma ameaça de Donald Trump de impor novas tarifas sobre suas lucrativas exportações de automóveis.
O acordo superou um último obstáculo com a aprovação da câmara alta do Japão na quarta-feira.Os EUA têm pressionado para que o acordo entre em vigor em 1º de janeiro, o que pode ajudar Trump a conseguir votos para sua campanha de reeleição em 2020 em áreas agrícolas que podem se beneficiar do acordo.
A coalizão do Partido Liberal Democrático do primeiro-ministro Shinzo Abe detém a maioria em ambas as casas do parlamento e foi capaz de obter aprovação facilmente.O acordo, no entanto, foi criticado por legisladores da oposição, que dizem que ele dá moeda de troca sem uma garantia por escrito de que Trump não imporá as chamadas tarifas de segurança nacional de até 25% no setor automotivo do país.
Trump estava ansioso para fazer um acordo com o Japão para apaziguar os agricultores americanos cujo acesso ao mercado chinês foi restringido como resultado de sua guerra comercial com Pequim.Os produtores agrícolas americanos, também sofrendo com o mau tempo e os baixos preços das commodities, são um componente central da base política de Trump.
A ameaça de tarifas punitivas sobre as exportações de carros e peças de carros, um setor de US$ 50 bilhões por ano que é a pedra angular da economia japonesa, levou Abe a aceitar negociações comerciais bidirecionais com os EUA depois que ele não conseguiu persuadir Trump a retornar a um pacto do Pacífico que ele havia rejeitado.
Abe disse que Trump garantiu a ele quando se encontraram em Nova York em setembro que não imporia novas tarifas.Sob o acordo atual, o Japão deve reduzir ou abolir tarifas sobre carne bovina, suína, trigo e vinho dos EUA, mantendo a proteção para seus produtores de arroz.Os EUA removerão os impostos sobre as exportações japonesas de algumas peças industriais.
Horário da postagem: 10 de dezembro de 2019